Linhas de transmissão terão leilão de R$ 6 bilhões no início de 2022

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Linhas de transmissão terão leilão de R$ 6 bilhões no início de 2022

Veja vídeo no fim.

Cobrado pelo dep. Gil Pereira, ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, anuncia novos “linhões” que garantirão crescimento da energia solar no Norte de Minas



O deputado Gil Pereira participou nesta quinta-feira (12/08/21), em Belo Horizonte, do lançamento do programa “Minas do Hidrogênio”, ao lado do presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe, iniciativa estratégica da entidade, diante dos constantes sinais de alerta da ciência sobre as mudanças climáticas e a crise hídrica, que exigem urgência para diversificação da matriz energética do Estado e do país, a partir de fontes limpas e renováveis.

Também participaram do evento, com especialistas dos setores público e privado, o ministro de Minas e Energia (MME), Bento Albuquerque, o vice-governador, Paulo Brant, e o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, para debaterem esta nova tendência mundial em energia renovável e o potencial do setor em Minas Gerais: a indústria do hidrogênio, com destaque para sua produção e seu uso sustentáveis.

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Demanda por mais “linhões”

Além de ressaltar a importância desta alternativa para diversificação da matriz energética, especialmente o “hidrogênio verde”, em integração e produzido com utilização da energia solar, eólica, hídrica e de biomassa, o deputado Gil Pereira cobrou ao ministro Bento Albuquerque a execução dos investimentos previstos pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em linhas de transmissão (R$ 13,3 bilhões), fator decisivo para a continuidade do excelente crescimento da energia solar fotovoltaica e de outras fontes renováveis no Estado, principalmente no Norte de Minas.

“Temos novas usinas solares, inclusive várias em implantação, que somam mais de 3 GW, incluindo os municípios de Janaúba e Pirapora, além do projeto da empresa Vale, que exigem mais leilões de linhas de transmissão, na faixa de potência de 500 KVA, para conexão dessas plantas. Como foram os casos dos ‘linhões’ de Igaporã (BA) a Presidente Juscelino (MG), que viabilizou a subestação de Janaúba, ligando o Nordeste ao Sudeste, de Bom Jesus da Lapa (BA) a Várzea da Palma (MG) e de Águas Lindas de Goiás (GO) a Pirapora (MG). Na ALMG, estamos à disposição para o que for necessário, ao lado do presidente, Agostinho Patrus”, destacou o deputado Gil Pereira, que preside a Comissão das Energias Renováveis.

Plano de investimento

O ministro Bento Albuquerque abriu seu pronunciamento, respondendo à indagação do deputado Gil Pereira: “Vamos realizar leilão de R$ 6 bilhões, no início de 2022, para contratação e construção de novas linhas de transmissão no país, incluindo o Norte de Minas, somente parte do plano previsto de investimentos”.

Com relação ao uso do hidrogênio como fonte de energia renovável, Bento Albuquerque informou que faz parte do programa “Combustíveis do Futuro”: “Será apresentado pelo governo federal na Conferência da ONU, em setembro, em Nova Iorque (EUA). Mantemos cooperação nesta área com a Alemanha e o Reino Unido, dentre várias outras nações. Parte do nosso compromisso com a descarbonização da economia mundial”, explicou o ministro de Minas e Energia. Existem sistemas de conversão, com várias possibilidades de desdobramentos para obtenção do hidrogênio a partir de biometano, etanol e gases industriais, incluindo CO2.


Assembleia Legislativa: outubro

Antecipando-se à análise do tema, a Comissão das Energias Renováveis da ALMG aprovou, na véspera (11/08/21), requerimento (9.816/21) do seu presidente, deputado Gil Pereira, para realização de debate público, em outubro, sobre as perspectivas do “hidrogênio verde” no Brasil e as oportunidades e desafios para o crescimento dessa fonte de energia no Estado.

Produzido através da eletrólise da água, agora é obtido com uso da energia solar, eólica, biomassa e hídrica (limpas e renováveis). Assim, a eletricidade gerada a partir de fontes renováveis não apresenta, associadas à sua produção, emissões de poluentes e gases de efeito estufa, sendo 100% sustentável, portanto “verde”.

“Precisamos analisar a viabilidade técnica e econômica para o desenvolvimento de toda a sua cadeia produtiva. Trata-se de mais uma alternativa para diversificação da nossa matriz energética, a partir de fonte limpa e renovável”, ressaltou o deputado Gil Pereira.

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