Mais de 3 mil empregos gerados no pico das obras para sua construção, cerca de 50% de mão de obra local e 16% de mulheres
Um dos maiores parques de energia solar da América Latina (AL), a mineradora Vale iniciou a operação do seu projeto Sol do Cerrado, em Jaíba, no Norte de Minas, com potência instalada de 766 MWp, equivalente ao consumo de uma cidade de 800 mil habitantes. Devido à sua relevância, o projeto foi levado à Conferência do Clima COP27, neste ano, no Egito.
O parque deve operar a plena capacidade em julho de 2023, quando representará 16% de toda a energia elétrica consumida pela empresa no país. Importante passo para redução das suas emissões de carbono, o empreendimento recebeu cerca de R$ 3 bilhões (US$ 590 milhões) de investimentos.
“Mais uma excelente notícia para Minas Gerais! Colhemos hoje os resultados do trabalho que iniciei há mais de 10 anos, com ações e a criação das inovadoras leis de incentivo ao setor. O Estado continua disparado na liderança em energia solar e, dentre as 5 maiores plantas fotovoltaicas do mundo, 4 estão sendo concluídas no Norte de MG. Energia limpa, sustentável e para todos: esta é a minha bandeira”, destacou o deputado Gil Pereira, presidente da Comissão das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos, da Assembleia Legislativa.
Descarbonização das atividades
“O Sol do Cerrado é um projeto inédito para a empresa, que traz desenvolvimento local, energia renovável e está ligado ao nosso objetivo de sermos líderes em mineração sustentável”, afirmou o seu presidente, Eduardo Bartolomeo.
“O projeto significa um importante passo para as metas climáticas da mineradora: reduzir suas emissões líquidas de carbono (escopos 1 e 2) em 33% até 2030 e zerá-las, até 2050. A Vale espera atingir 100% do consumo de eletricidade renovável no Brasil até 2025, e, globalmente, até 2030”, explicou o diretor Executivo de Relações com Investidores, Gustavo Pimenta.
Composto por 17 subparques, dentre os quais 4 já energizados, sua área ocupada é equivalente a cerca de 1,3 mil campos de futebol. Quando estiver totalmente implantado, o parque solar terá 1,4 milhão de placas com sistema de rastreamento automático de movimentação do Sol, para maior aproveitamento na geração de energia elétrica. Serão utilizados 10,2 milhões de metros de cabos condutores.
MG lidera geração própria e centralizada
Além de ser a campeã em geração própria de energia solar (GD), em telhados e terrenos, com mais de 2,20 GW, Minas Gerais lidera também a geração centralizada (GC) das grandes usinas e plantas solares: 1,69 em potência instalada.
Os empregos gerados por esta modalidade (GC) chegam a mais de 49,4 mil, através de investimentos que superam R$ 7,4 bilhões, No total, considerando usinas em operação, o Estado contabilizou aumento em receitas públicas de mais de R$ 2,7 bilhões.
A potência prevista ultrapassa 30,99 GW (1,97 GW em construção e 27,37 GW com construção não iniciada), geração de mais de 929,7 mil empregos, com investimentos estimados em mais de R$ 15,5 bilhões.
Espera-se que MG apure receita pública de mais de R$ 100 bilhões com futuras usinas (em construção e construção não iniciada). “Esta receita é esperada quando o total de empreendimentos, com potência já outorgada, entrar em operação”, esclarece a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).