Líder nacional, Minas Gerais bateu recorde de 4,5 GW em potência instalada e mais de 128,8 mil empregos gerados
O Brasil superou em fevereiro a marca de 25 gigawatts (GW) de capacidade operacional em energia fotovoltaica, considerando os sistemas de geração própria (GD), em telhados e terrenos, e as grandes usinas de geração centralizada (GC), que já somam 17,6 GW e 7,7 GW, respectivamente.
A energia solar já equivale a cerca de 11,6% da matriz elétrica do país, informou a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). O setor experimenta um crescimento exponencial: de fevereiro do ano passado para este mês, a potência ligada a esta fonte de energia saltou de 14,2 GW para 25 GW, com alta de 76%. Desde julho do ano passado, a potência em geração solar instalada no país tem crescido, em média, 1 GW por mês.
MG segue na liderança
“Minas continua disparada na liderança nacional, com esta energia limpa presente em todos os 853 municípios. Atingimos um novo marco histórico, somando os sistemas de geração distribuída (GD), em residências, comércios, indústrias e propriedades rurais (total de 2,4 GW), e a geração centralizada (GC) das usinas de grande porte (total de 2,1 GW), setor este que já detém 35,4 GW em potência outorgada”, declarou o deputado Gil Pereira, que preside a Comissão das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos, da Assembleia Legislativa.
Gil Pereira completou: “Mantemos esta dupla liderança em geração solar que já supera 4,5 GW, com geração de 128,8 mil empregos diretos e atração de R$ 50 bilhões em investimentos, aproximadamente. Resultado da minha luta parlamentar ao longo dos últimos 10 anos, para criação e aprovação de leis de incentivo ao setor.”
Somente a geração própria de energia solar (GD) já proporcionou a MG a geração de mais de 69 mil empregos e R$ 2,2 bilhões em receitas, recursos investidos em saúde, educação e infraestrutura nos municípios, informou a coordenação estadual da Absolar em MG.
Energia limpa e descarbonização
Desde 2012, segundo a entidade, os investimentos em energia solar no Brasil somaram R$ 125,3 bilhões e geraram cerca de R$ 39,4 bilhões em receitas públicas. No período de 10 anos, o setor gerou 750,2 mil empregos acumulados e evitou a emissão de 33,4 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) na geração de eletricidade.
A produção de energia elétrica concentra-se nos pequenos usuários. O mesmo ocorreu com os investimentos e os empregos. Desde 2012, o segmento de geração própria gerou 517,2 mil empregos no Brasil e R$ 88,4 bilhões em investimentos. As usinas de grande porte criaram 233 mil empregos acumulados no país e foram responsáveis por R$ 36,9 bilhões em investimentos.
Hidrogênio verde (H2V)
As perspectivas para a energia solar no Brasil são muito favoráveis. “O país pode usar um dos maiores recursos solares do planeta para produzir hidrogênio verde (hidrogênio produzido sem combustíveis fósseis). Este cenário, entretanto, depende da ampliação dos investimentos”, ressaltou o presidente-executivo da Absolar, Rodrigo Sauaia.
A entidade cita estudo da consultoria Mckinsey, segundo o qual o Brasil precisará receber investimentos de US$ 200 bilhões até 2040 para ter uma nova matriz elétrica dedicada à produção do hidrogênio verde (H2V). Os recursos deverão ser aplicados nos seguintes itens: geração de eletricidade, linhas de transmissão, usinas de produção do combustível e estruturas associadas como portos, dutos e sistemas de armazenagem.