A Comissão das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos realizará audiência pública, no dia 15/09/21, às 14h30, na Assembleia Legislativa, conforme o requerimento 9.811/21, de autoria do seu presidente, deputado Gil Pereira, para debater a crise hídrica nacional :
anunciada pelos órgãos e instituições governamentais.
O objetivo é analisar suas repercussões em Minas Gerais, particularmente no Norte de Minas, bem como avaliar e sugerir medidas para sua prevenção e enfrentamento, com participação de especialistas do setor hídrico e energético.
Gil Pereira alerta para o cenário de escalada das tarifas de energia elétrica, que cada vez mais pressiona o orçamento das famílias mineiras, tanto com sucessivos aumentos da conta de luz, quanto do custo da alimentação básica: “Espera-se, lamentavelmente, uma cadeia de repercussões negativas, com redução da atividade econômica e crescimento ainda maior do desemprego, além da queda dos recursos para investimentos em políticas públicas, em consequência”.
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Parte da solução
Precursor no incentivo das energias renováveis no Estado, com destaque para a fonte solar, principalmente na região Norte, o deputado Gil Pereira aponta o urgente desenvolvimento e a utilização das energias limpas como parte da solução para o grave problema climático e hídrico.
“Cabe à Cemig garantir agilidade às conexões dos sistemas de micro e minigeração solar (geração distribuída), além da construção das subestações anunciadas, para que mantenhamos a liderança nacional no setor. Na geração centralizada (grandes usinas), são necessários mais leilões federais, tanto para novas plantas fotovoltaicas, quanto para linhas de transmissão necessárias ao escoamento da energia produzida”, ressaltou Gil Pereira.
Citou, ainda, o efeito direto disso na diversificação da matriz energética, com a consequente economia da água das hidrelétricas, o menor acionamento das usinas termelétricas, mais caras e poluentes, além da redução da importação onerosa de energia de países vizinhos.
Impacto no bolso
A audiência pública da Comissão das Energias Renováveis e dos Recursos Hídricos assume maior importância, diante do agravamento da crise hídrica e energética.
O impacto no bolso dos brasileiros é consequência, especialmente, da crise hídrica que atinge o Brasil. O preço da energia elétrica subiu quase três vezes mais que a inflação ao longo dos primeiros oito meses de 2021, refletindo em aumento disseminado nos preços de diversos produtos e serviços.
De acordo com IBGE, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), prévia da inflação oficial, avançou 0,89%na passagem de julho para agosto, enquanto a alta da energia elétrica foi de 5%.
No ano, enquanto o IPCA-15 acumulou alta de 5,81%, a alta acumulada nas contas de luz chegou a 16,07%, quase o triplo do índice geral. Em 12 meses, a energia elétrica acumulou alta de 20,86%, mais que o dobro da inflação acumulada no período, que foi de 9,3%.
O aumento de 5% na energia elétrica em agosto ainda reflete o reajuste de 52% aplicado em julho sobre a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que passou de R$ 6,24 para R$ 9,49 a cada 100 kWh consumidos.
Nível crítico
O Brasil enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, que respondem por 70% da geração de energia, estão com 23% da capacidade de armazenamento, nível menor que o registrado em agosto de 2001, quando o país enfrentou racionamento de energia (apagão). Em novembro, quando começa o período chuvoso, o ONS prevê que os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste vão baixar a 10% da capacidade.
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