Durante o debate, ao ressaltar a liderança de Minas Gerais na geração distribuída fotovoltaica (placas solares instaladas em telhados residenciais, condomínios e empresas), o deputado Gil Pereira apontou também a importância dos leilões de energia realizados pela Aneel, destinados à geração centralizada (grandes usinas) e à ampliação das linhas de transmissão. O próximo certame será nesta sexta-feira (28/06), para o qual Minas tem inscritos 74 projetos, que somam 2.770 MW, sendo 2.458 MW a serem gerados por fonte fotovoltaica.
“Há dois projetos inscritos para geração de 1 GW e de 750 MW, cada, além de outro de 570 MW. Estamos falando em investimentos que superam R$ 10 bilhões. A curto prazo, pois uma usina solar desse tipo entra em operação no prazo de 3 ou 4 anos, no máximo”, citou o deputado Gil Pereira, ressaltando a importância do planejamento adequado da infraestrutura de transmissão pelos órgãos federais, além da celeridade do licenciamento estadual.
“Temos como gerar energia elétrica a partir de diversas fontes renováveis, sendo necessária a ampliação dos investimentos também nas linhas de transmissão para escoamento da energia. Por exemplo, está prevista a conclusão de uma subestação em Janaúba de 1,350 GW, entre 2021 e 2022. Entretanto, se os empreendimentos concorrentes nesta sexta-feira vencerem a licitação, já poderá ocorrer defasagem da nova subestação”, advertiu o parlamentar.
CADEIA PRODUTIVA
O deputado Gil Pereira defendeu a participação do Estado em toda a cadeia produtiva da energia solar, com incentivos para a fabricação de componentes de placas fotovoltaicas em Minas Gerais. Ele também propôs o mesmo tratamento tributário da fonte fotovoltaica para as energias eólica, de biomassa e biogás. Segundo o parlamentar, o governador Romeu Zema está avaliando a viabilidade desta medida.