O deputado Gil Pereira participou nesta segunda-feira (09/12/2024), em Belo Horizonte, da solenidade de anúncio do investimento de cerca de meio bilhão de reais (R$ 500 milhões) que a empresa dinamarquesa Novo Nordisk, líder global em saúde, fará para expansão da produção de sua planta em Montes Claros, no Norte de Minas.
“A fábrica de Montes Claros já responde por 25% da produção de insulina da empresa, representando 12% do consumo deste fármaco no mundo. Como o novo aporte, a empresa ampliará a produção de enzimas em sua unidade, essencial à fabricação de ingredientes farmacêuticos para tratamento de doenças crônicas como diabetes tipo 2 e obesidade”, ressaltou o deputado Gil Pereira, presidente da Comissão de Minas e Energia, da Assembleia Legislativa.
Ambiente favorável
E completou: “Conquista que alcançamos por meio do trabalho de fomento do Estado, coordenado pelo governador Romeu Zema, da competente gestão de Humberto Souto e Guilherme Guimarães e do meu esforço para atrair grandes empresas para a nossa cidade, desde o período em que fui secretário de Estado da Sedinor-MG”, afirmou Gil Pereira, referindo-se ao ambiente institucional e de infraestrutura favorável à inovação, à implantação e expansão de empreendimentos industriais e comerciais em Montes Claros e região.
Montes Claros e região se transformam, com participação também das empresas Hipolabor, Eurofarma, Cristália, Celer Biotecnologia e VetBras, em um dos principais polos de produção farmacêutica do país, contribuindo significativamente para as exportações, já que boa parte da produção é voltada ao mercado externo.
Estiveram presentes também a embaixadora da Dinamarca, Eva Pedersen, o vice-presidente corporativo da empresa, Reinaldo Costa, o governador Romeu Zema, o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede-MG), Fernando Passalio, e o superintendente estadual do Banco do Nordeste (Norte de MG e ES), Wesley Maciel.
Empregos diretos e indiretos
O aporte será direcionado a aumentar a capacidade de produção de enteroquinase e ALP, enzimas essenciais para a fabricação de ingredientes farmacêuticos ativos. A expansão tem o potencial de gerar cerca de 400 empregos indiretos e 40 empregos diretos na região. O novo anúncio segue um investimento de R$ 864 milhões feito em outubro e destinado a melhorias de processo, modernização da fábrica e implementação de projetos de sustentabilidade em 2024 e 2025.
A insulina exportada do Brasil pela Novo Nordisk representa 25% de todas as exportações farmacêuticas nacionais, contribuindo ativamente para a balança comercial do Brasil.
A unidade da Novo Nordisk em Montes Claros é atualmente a principal fornecedora de insulina para o Sistema Único de Saúde (SUS) do governo federal, beneficiando mais de 4,3 milhões de brasileiros com diabetes todos os anos em todo o país desde 2018.
Energia solar fotovoltaica
Além do investimento de R$ 864 milhões, a empresa anunciou recentemente uma parceria de R$ 245 milhões com a Elétron Energy para a construção de um parque solar que irá gerar 100% do seu consumo de energia. O projeto terá capacidade para gerar 90 megawatts-hora (MWh) e deverá entrar em operação no início de 2025, com o selo Global Clean Energy I-REC, concedido exclusivamente a empresas que comprovem a origem de suas fontes de energia renovável.
O deputado Gil Pereira foi precursor do incentivo à energia solar fotovoltaica, lançando a base legislativa estadual para viabilizar os investimentos no setor ao longo de mais de uma década.
“Saímos à frente e mantemos a liderança nacional. Resultado da luta que travei pela inovadora legislação mineira de incentivo ao setor, com leis de minha autoria, aprovadas na Assembleia, especialmente a de nº 22.549/17 (Lei da Energia Solar Fotovoltaica), primeira no país, que isenta de ICMS usinas até 5 MW, viabilizando sistemas de pequeno e médio portes”, esclarece Gil Pereira.
Ponto de partida da revolução sustentável que se espalhou pelo Brasil, Minas Gerais dispara e consolida sua liderança isolada, com recorde de 10,61 GW (20% do total), com a geração distribuída (GD) – painéis em telhados, comércios, indústrias e no agro – e a centralizada (GC), das grandes usinas, que cresceu 70% este ano.